segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Jornalistas de Palmo e Meio aprendem a lidar com Crianças com Deficiência

A DSF, na pessoa da gestora e especialista sénior na área da educação inclusiva e deficiência, Carla Ladeira, participou no dia 1 de Novembro nesta excelente formação.

Encontrem de seguida o artigo noticioso, publicado pelo ROSC:
DilsonO objectivo da formação era bastante claro: ajudar a transformar os programas infantis em programas inclusivos que ultrapassam barreiras e evidenciam a vida humana tal
como ela é. A formação que teve a duração de cinco dias foi o suficiente para os cerca de 30 pequenos locutores e apresentadores de programas infantis da Radio Moçambique e da Televisão de Moçambique em Maputo despertarem sobre a necessidade de se fazer programas infantis “de todos para todos”.
Dilson dos Santos (13 anos) frequenta a 8ª classe e apresenta um programa infantil na Radio Moçambique, emissor provincial de Maputo reconhece a mais-valia da formação para ele como locutor e como pessoa.
“Quando eu entrei nesta formação não sabia nada sobre pessoas com deficiência. Era uma pessoa que sem saber, no dia-a-dia usava rotulações e chamava nomes. Mas aprendi muito sobre rotulações, preconceitos, mitos e tabus que muitas vezes contribuem para que as pessoas com deficiências sejam descriminadas. Com esta formação eu já tenho mais conhecimentos e nos programas que faço vou procurar tornar mais inclusivos. Vou procurar incluir temas sobre a deficiência, convidar crianças com deficiência a participarem e vou também sensibilizar outras crianças que ouvem meus programas sobre a importância de não descriminar as outras crianças em função de alguma diferença”.
Uma diferença que afinal torna o mundo muito mais igual do que parece, e que lidar com ela precisa apenas que mais crianças e adultos virem as costas a ignorância e passem a prestar mais atenção no que somos iguais.
Por sua vez, Rosa Marlene (16 anos) que frequenta a 11ª classe considera ter sido esta uma experiencia única que contribuiu para algumas descobertas que vão trazer mudançasRosa para construção de uma sociedade que afinal deve ser “de todos para todos”.
“Todos nos como comunicadores saímos desta formação com uma visão diferente sobre a pessoa com deficiência. Descobrimos que os nossos programas que falam especialmente da criança não eram inclusivos e não tinham em conta os direitos das crianças com deficiência. O nosso principal objectivo é ajudar a perceber que a pessoa com deficiência também faz parte da nossa sociedade e tal como nos tem direito de brincar, aprender, a ter amigos, a ir a escola e a intervir em qualquer área ate nos trabalhos de casa a criança com deficiência também deve ser incluída”.
Na verdade a questão de estigma, mitos e preconceitos em relação a criança com deficiência posicionam-se como um dos principais factores que representam barreiras para a participação da criança.
RuiApesar de Moçambique ser um dos signatários da convecção internacional dos direitos da criança com deficiência torna-se necessário envolvimento de todos os sectores para que a materialização destes direitos sejam uma realidade. Um realidade que para Rui Maquene, especialistas para a área da deficiência depende do tipo e nível de informação que as pessoas tem sobre o assunto.
“Todas as organizações da sociedade civil, todo o sector privado, todas as instituições do estado e todos aqueles homens de boa vontade são chamados a participar na promoção dos direitos da criança com deficiência. Porem ninguém vai promover algo que não sabe o que é. Esta formação foi um ponto de partida para educar, sensibilizar e aconselhar os meninos sobre a forma positiva de como vivermos com a criança com deficiência e como podemos ser exemplo de uma sociedade que esta preocupada com o princípio de igualdade de oportunidade para todos”.
Durante a formação que decorreu com apoio do ROSC, UNICEF e FORCOM, os pequenos comunicadores produziram um plano de acção que vai servir de base para alargar as antenas ao alcance de outras crianças que também tem direitos do que é “de todos para todos”.

Retirado de:

http://www.rosc.org.mz/index.php/noticias/item/177-jornalistas-de-palmo-e-meio-aprendem-a-lidar-com-crian%C3%A7as-com-defici%C3%AAncia.  consultado a 5 de Novembro de 2013

Carla Ladeira

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