"A deficiência não precisa ser um obstáculo para o sucesso. Durante praticamente toda a minha vida adulta sofri da doença do neurônio motor. Mesmo assim, isso não me impediu de ter uma destacada carreira como astrofísico e uma vida familiar feliz.
Ao ler o Relatório Mundial sobre a Deficiência, encontro muitos aspectos relevantes para a minha própria experiência. Pude ter acesso à assistência médica de primeira classe. Tenho o apoio de uma equipe de assistentes pessoais que me possibilita viver e trabalhar com conforto e dignidade.
A minha casa e o meu lugar de trabalho foram tornados acessíveis para mim. Especialistas em informática puseram à minha disposição um sistema de comunicação de assistência e um sintetizador de voz que me permitem desenvolver palestras e trabalhos, e me comunicar com diferentes públicos. Mas sei que sou muito sortudo, em muitos aspectos. Meu sucesso em física teórica me assegura apoio para viver uma vida que vale a pena. É claro que a maioria das pessoas com de!ciência no mundo tem extrema di!culdade até mesmo para sobreviver a cada dia, quanto mais para ter uma vida produtiva e de realização pessoal.
Este Relatório Mundial sobre a Deficiência é muito bem-vindo. Ele representa uma contribuição muito importante para a nossa compreensão sobre a de!ciência e o seu impacto sobre os indivíduos e a sociedade. Ele destaca as diversas barreiras enfrentadas pelas pessoas com de!ciência: atitudinais, físicas, e !nanceiras. Está ao nosso alcance ir de encontro a estas barreiras. De fato, temos a obrigação moral de remover as barreiras à participação e de investir recursos !nanceiros e conhecimento su!cientes para liberar o vasto potencial das pessoas com de!ciência.
Os governantes de todo o mundo não podem mais negligenciar as centenas de milhões de pessoas com deficiência cujo acesso à saúde, reabilitação, suporte, educação e emprego tem sido negado, e que nunca tiveram a oportunidade de brilhar. O relatório faz recomendações para iniciativas nos níveis local, nacional e internacional. Assim, será uma ferramenta valiosa para os responsáveis pela elaboração de políticas públicas, pesquisadores, profissionais da medicina, defensores e voluntários envolvidos com a questão da deficiência.
É minha esperança que, a começar pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e agora com a publicação do Relatório Mundial sobre a Deficiência, este século marque uma reviravolta na inclusão de pessoas com deficiência na vida da sociedade."
Professor Stephen W Hawking
Retirado do Preâmbulo do Relatório Mundial sobre a Deficiência.Governo do Estado de São Paulo. Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. OMS.2011
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Formiguinhas em ação
A família da Formiga Juju está imparável.
A DSF orgulha-se de faz parte e apresenta aqui algumas imagens do Biblio Tchova da Juju que irá fazer as delícias de pequenos e graúdos nas comunidades moçambicanas, promovendo a inclusão e a educação para todos.
Em breve daremos mais notícias....
Texto de Carla Ladeira
Fotos de Cristiana Pereira
A DSF orgulha-se de faz parte e apresenta aqui algumas imagens do Biblio Tchova da Juju que irá fazer as delícias de pequenos e graúdos nas comunidades moçambicanas, promovendo a inclusão e a educação para todos.
Cristina Pereira, a "mãe" da Juju |
Aspeto exterior do Biblio Tchova da Juju |
Aspeto interior do Biblio Tchova da Juju |
Valter Zand, o "pai" da Juju com as crianças |
Carla Ladeira, formiguinha a pintar a "ardósia" |
Texto de Carla Ladeira
Fotos de Cristiana Pereira
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Escolas afetadas pelas cheias em Gaza
Segundo dados fornecidos pelo Governador da província de Gaza, Raimundo
Diomba, pelo menos 124 924 pessoas estão refugiadas em 23 centros de trânsito e
181 escolas ficaram afectadas pelas cheias, contribuindo para que 71. 578
alunos e 1670 professores ficassem sem poder aprender e ensinar.
Das 26 escolas do projeto de Educação Inclusiva, A Escola é um Lugar
Especial, até ao momento, temos confirmação de que as escolas EPC Maguiguane,
Khosse, 2o Bairro, Lionde, Nwachicoluane e 1o Bairro B em Chòkwé estão em zonas
que foram severamente afetadas pelas cheias do último mês de Janeiro de 2013 e
até ao momento ainda não conseguimos avaliar a dimensão dos estragos sofridos
nestas escolas.
Mais informação em: http://www.parlamento.org.mz/index.php?option=com_content&view=article&id=149:parlamento-apoia-vitimas-das-cheias-em-gaza&catid=8:noticias&Itemid=111 a 16-02-2013
“Inclusive education is a right and human rights don’t have a cost”
" “Inclusive education is a right and human rights don’t have a cost”
NEW YORK, 04 October 2012
Richard Rieser is the managing director of World of Inclusion, an
expert disabled international equality trainer, consultant and teacher.
Recently, Mr. Rieser is supporting UNICEF as one of the minds behind
Rights Education and Protection project (REAP). We spoke with Richard
about inclusive education and the role of teachers in providing quality
education for children with disabilities.
Q: Can you talk a little bit about your experience? When did you become an activist for the rights of the disabled people?
A: Growing up with disability, I had a mixed
experience going to segregated schools and mixed schools. None of them
were particularly positive because schools in the 50s and 60s did not
take disability into account. You had to basically survive and overcome
your own impairment. Having done that, I became a super achiever and
didn’t think about my impairment. I went to university and got involved
in a various political movements in the 60s and 70s. I worked as a
teacher and was involved with the teachers union on a general, quality
basis. During that time, the disability was nothing more than an
individual issue. I was picked on by the principal of the school for
blatant discriminatory reasons. I fought and challenged the authority.
Later, I collaborated on producing a book called Disability Equality in
the Classroom: a human rights issue. I think it was the first
publication that treated disability as a human rights issue rather than
an individual medical problem.
Q: Is inclusive education affordable?
A: You have to look at this from two perspectives.
In the rich countries we cannot afford to not have inclusive education.
Running parallel school systems is extremely expensive and there is
overwhelming evidence that it doesn’t work. It has a long term impact on
the children and adults with disabilities: they have low self-esteem,
lack skills, lack social understanding and some find it very difficult
to find a job or relate to people who are going to higher education. In
the developing countries, apart from charities that continue to set up
special schools in the mistaken view that this is the way forward, the
number of children with impairment cannot be accommodated by a separate
system – nor can those countries afford it – so we have to move to
inclusion. It is a human right; it is entrenched in the convention of
the rights of the people with disabilities. Human rights don’t have a
cost.
Q: There is a lot of discussion about training teachers and
the lack of available resources to accomplish this? What are your
thoughts on this issue?
A: Teachers are meant to teach everybody, that’s
what they are trained to do. Actually in every class there are children
with some impairments, be it dyslexia, learning or speaking
disabilities, behaviour or emotional difficulties. So teachers are used
to dealing with it. The most important thing is the attitudes and the
values of the leaders of the school, the “can do” attitude. There are
thousands of tools that show you how to teach. Also, the Global
Partnership for Children with Disabilities is working to set up a
central website which will be used by universities, teachers and
practitioners.
Q: Is Education for All succeeding in providing quality education for children with disability?
A: Education for All has been successful for some
groups, particularly girls and poorer children with some positive action
of school abolition fees and other financial support to cover school
costs. But overall, Education for All has not worked for children with
disabilities. They remain the largest group of out-of-school children
and of those who drop out because what is happening in the classroom
doesn’t fit their needs. The biggest barrier is centrally imposed
curricula and standards. Governments need to be much more flexible in
their grades and in their curricula. They need to develop high quality
teachers and then trust the teachers to deliver it. Education is not a
commodity, it’s a right.
Q: Can you talk a little bit about your current consultancy for UNICEF and what are you trying to achieve?
A: I am currently working on a project that is
looking on the education of teachers for children with disabilities
around the world. We are looking at the lifetime of a teacher, their
professional development: how can the inclusion of children with
disabilities and other marginalised groups be more involved in their
training and their practise? We are looking into the development of
leaders within the school system: how can they be orientated towards an
inclusive approach? We are looking into the people who train teachers in
the universities and colleges because many of them have a rear view
mirror view of education from the times they came into teaching 30-40
years ago when this wasn’t one of the issues. We found already that the
best way of doing these trainings is at the school level. Bring the
training into the school so there is a buy-in for the community and
other staff involved.
Q: We talk about building facilities, training of teachers,
etc. In reality, the biggest change that needs to happen is in people’s
minds. What can we do to eradicate the stigma?
A: We need to move from seeing disability as an
exception to being ordinary and part of life’s rich diversity. We need
to take away the negative valuation that is placed on impairment and see
that actually the history of humankind is full of people who had
impairments and managed to make a huge difference. There is a huge
industry still vested in the charity model of disability and we have to
move to the rights-based model. We need to bring the mainstream media on
board. Often, the mainstream media uses disability as a sort of
pornography to get across dramatic ideas which has nothing to do with
the person with disabilities. That is particularly the case in horror
movies where physical and mental impairment is shown as a thing of fear.
Really Article 8 of the Convention on the Rights of Persons with
Disabilities says that this awareness raising is the duty of all
governments. They need to make sure that television programming and the
school curriculum take this on. I see very little evidence of this being
done where the whole country takes that on board – like they have done
in Ecuador the last six years – the change is possible and all children
with disabilities are brought to school.
Interviewed by Rudina Vojvoda"
In http://www.educationandtransition.org/resources/%E2%80%9Cinclusive-education-is-a-right-and-human-rights-don%E2%80%99t-have-a-cost%E2%80%9D/?utm_source=All+INEE+email+list&utm_campaign=11c76aeffd-BWB_2012_10_01&utm_medium=email 16-02-2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Caravana solidária
Habitação da Educadora Djamila e sua família |
Entrega dos cabazes à Educadora Belarmina e ao Motorista Tomás e suas famílias no Centro de Acolhimento na Macia |
Triagem da roupa e composição dos cabazes |
Entrega do cabaz a uma família em Chókwè |
Cabazes entregues aos guardas do escritório e do centro de reabilitação infantil (CRI) de Chókwè |
Visão parcial dos bens alimentares distribuidos |
Organização dos cabazes em 3 viaturas 4x4 para levar de Maputo a Gaza |
Pormenor de uma das bagageiras antes da viagem |
No passado dia 3 de Fevereiro um grupo de amigos organizou, na cidade de
Maputo, um apelo à recolha de bens essenciais, que levou até Gaza,
materializando a entrega direta de 20 cabazes a famílias
desalojadas.
Na perspetiva de uma ação de ajuda de proximidade para com pessoas que alguns conheciam, as famílias apoiadas abrangeram pessoal da DSF, crianças e famílias
beneficiárias dos projetos que a organização apoia no terreno, todos afetados
diretamente pelas cheias.
Bem haja a todos os AMIGOS, neste caso, de Moçambique e de Portugal!
Agradecimentos especiais a: Pedro Almeida, António Lopes, Albertina
Nicolau, Ricardo Franco, Karina Gurgo Bastos, Sara Alves, Andrés Revés, Carmen
Bouza, Manuela Figueiredo, Bruno Fonseca, Manuel Jacinto, Ana Castanheira,
Cristina Azevedo, Ana Pereira, Sílvia Martins, Carolina Alves, Helder Tavares,
Ana Dias, Pedro Dias, Carla Carvalho, Ilda, Telma Carina, Renato Rato e Marta Fonseca.
Em jeito de agradecimento e feedback aqui ficam algumas das fotos que
ilustram esta Caravana Solidária!
Por: Carla Ladeira
Por: Carla Ladeira
Chiaquelane sem cor
Blografias com luz: Social 36:
Foto de Ricardo Franco
" Infelizmente, os meses de Janeiro e Fevereiro foram e continuam extremamente chuvosos na Áfr..."
Ver em detalhe no endereço: http://blografiascomluz.blogspot.com/2013/02/social-36.html
" Infelizmente, os meses de Janeiro e Fevereiro foram e continuam extremamente chuvosos na Áfr..."
Ver em detalhe no endereço: http://blografiascomluz.blogspot.com/2013/02/social-36.html
Foto: Ricardo Franco, 3 de Fevereiro de 2013 |
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Cheias em Gaza, uma semana depois.
Foto tirada por Romuald Djitte (Diretor Nacional da DSF) |
Estamos a mobilizar recursos, vários, para fazer face às necessidades preementes de apoio, quer às populações de modo geral, quer às pessoas que conhecemos, que têm um nome e um rosto para nós!
A emergência alastra não só à carência de bens de primeira necessidade, mas também é necessário atuar ao nível da prevenção de riscos, perigos, quer de saúde pública, quer de segurança das populações, nomeadamente proteção das crianças que ficam muito vulneráveis e expostas a abusos.
Estamos atentos e procuramos ao máximo trabalhar em rede.
Quem quizer junte-se a nós! Juntos somos sempre mais!
"Estamos juntos!"
Texto e fotos por: carla Ladeira (tiradas a 30 de Janeiro de 2013)
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